Até ao dia em que na direcção das empresas haja o mesmo número de mulheres e homens. Em que as mulheres recebam o mesmo ordenado que os homens para a mesma função. Em que haja o mesmo número de homens e mulheres abusados, espancados, violados e desrespeitados de todas as formas pelos parceiros. Em que haja a mesma facilidade de acesso (e, novamente, o mesmo pagamento) à literatura, às artes, ao desporto, à política, à justiça… Em que os filhos sejam um “fardo” igual para eles e para elas, interrompendo e prejudicando as carreiras e a vida social de uns e outros em partes iguais. Nesse dia, sim, eu serei o primeiro a esquecer-me de comemorar o dia da Mulher. Até lá, honro as mulheres da minha vida – e todas as mulheres do mundo.