Michael Crichton morreu hoje de cancro, em Los Angeles. Era um dos meus escritores de eleição, e até nem sou fã da trilogia “Jurassic Park”. Mas “Síndroma de Andrómeda”, isso sim, é um livro de pegar na primeira página e só largar na última! E deu a Hollywood The Andromeda Strain, realizado por um Robert Wise no auge do seu fulgor criativo – um dos melhores filmes que eu vi (e revi) até hoje.
Logicamente, discordo frontalmente da teoria de Crichton segundo a qual o aquecimento global não é causado pelo Homem, ou da forma como classificava a procura de inteligência extra-terrestre (SETI) como uma “religião”. Mas também discordo do monolitismo político de Saramago (embora admire ao expoente máximo o seu humanismo), e o Nobel da literatura não deixa de ser o meu escritor preferido. Confundir o homem com a obra é sempre redutor.
R.I.P., Michael Crichton (1942-2008).
Não fazia a mínima ideia de que se encontrava doente. Li vários dos seus romances (quatro, para ser mais concreto), e de entre todos devo destacar o “Parque Jurássico” (absolutamente maravilhoso, este livro, seguramente no meu “Top10”) e o “Canibais”, que deo origem ao filme “O 13º Viking” se não estou em erro.
João, só uma coisa: a trilogia do Parque Jurássico é apenas na tela, porque como deves saber, o Michael Crichton apenas escreveu os romances que serviram de base aos filmes 1 e 2 da série.
O terceiro é claramente o esticar do tema, prejudicando claramente quer a série, quer a ideia que esteve no centro da criação do Parque Jurássico.
Abraço
Rui Vasco