Boris Ielstin não foi o único “combatente da liberdade” russo a morrer esta semana: Mstislav “Slava” Rostropovich, talvez o maior violoncelista de todos os tempos, faleceu hoje vítima de cancro do intestino.
Nascido no Azerbeijão, à data parte integrante da União Soviética, Rostropovich celebrizou-se nomeadamente pelas suas interpretações de Haydn e Dvorak, bem como pelas peças para violoncelo que encomendou a Shostakovich, Prokofiev ou Britten e pela carreira como maestro. A defesa da liberdade de expressão e dos valores democráticos na antiga URSS valeu-lhe um puxão de orelhas do regime, a que respondeu com o auto-exílio em Paris.
O site da EMI Classics presta tributo a Rostropovich, disponibilizando uma biografia do maestro-intérprete, um podcast encomendado para celebrar o seu 80º aniversário e a audição de algumas das suas mais marcantes interpretações.
Na blogosfera portuguesa: Ai Jesus!, A Flauta de Pã, Nova Floresta, Da Rússia.
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