Ele é a eminência parda do regime de George W. Bush. Os seus tentáculos estendem-se das administrações das grandes empresas petrolíferas às salas dos conselhos de administração das grandes construtoras que ganham os contratos de reconstrução em Nova Orleães, no Iraque e no Afeganistão. As suspeitas de corrupção, compadrio e toda a espécie de promiscuidades entre os seus interesses empresariais e a sua acção política avolumam-se – mas desta vez talvez tenha ido longe demais.
O Vice-Presidente dos Estados Unidos da América é acusado de ter emitido directivas autorizando o uso da tortura e outras práticas proibidas pela Convenção de Genebra no Iraque, dando assim luz verde aos abusos cometidos em locais como a tenebrosa prisão de Abu Ghraib. A fonte não é nenhum jornal sensacionalista, nenhuma “obscura” organização de defesa dos direitos humanos nem sequer, imagine-se, Michael Moore… Não: a fonte é interna ao próprio governo de Bush e Cheney: trata-se do coronel Laurence Wilkerson, antigo chefe de gabinete de Colin Powell, o ex-Secretário da Defesa que abandonou o lugar quando se tornou incómodo ao ponto de questionar as verdadeiras motivações da intervenção norte-americana no Iraque.
Dick Cheney estará por um fio. E George W. já não é intocável…
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